

O Lab4D #Tâmusaê está prestes a deixar de ser apenas projeto revolucionário, criado e ativado pelo designer de futuros Santiago Carballo. Ao compartilhar a ideia com mais de cem empresários e profissionais santistas, o Laboratório de Inovação de Impacto 4D já tem possíveis sedes selecionadas e modelo de negócio desenhado.
“Queremos áreas com pelo menos 1.000m2, para hospedar também algumas lojas e restaurantes . Não será apenas mais um centro comercial, como tantos outros que já temos. Será principalmente um laboratório experimental, que mistura ambientes de aprendizagem e de trabalho, para oferecer oportunidades para estimular a criatividade de muitos santistas. Afinal, nossa cidade é um celeiro de novos talentos criativos”, descreve o idealizador.
Alguns terrenos e prédios disponíveis para locação foram selecionados. Já foram definidas estratégias para organização e viabilização. A previsão é que, em poucos meses, aconteça a implantação da primeira sede do Lab.
Essa semana foi realizado o segundo workshop para debater o projeto, com a ajuda de dezenas de empresários que estavam presentes. Grupos foram formados para iniciarem as atividades preliminares à implantação do espaço criativo.
“Acabei de voltar de Lisboa e lá encontrei um espaço criativo semelhante ao que estamos desenvolvendo em Santos. O modelo é muito interessante e os resultados, ainda melhores. Sabemos que tem tudo para dar certo. Por isso, apoio e participo dessa ideia. Nossa cidade merece”, afirma Rafael Osório, um dos empresários participantes.
Carballo conta que o engajamento das pessoas envolvidas é maior a cada encontro. “A execução será coletiva, portanto, todos têm direito a dar ideias e fazer sugestões para sentirem que o espaço também é de cada um. Assim, os resultados serão ainda mais surpreendentes”.
O Lab4D tem como objetivo de ativar o poder de criar. Ferramentas e ambientes considerados ideais por pessoas criativas serão disponibilizados. Centenas de pré-requisitos para auxiliar nesse processo já foram selecionados e passam por análise de viabilidade.
Entre as sugestões, estão a implantação de uma oficina “maker”, um amplo espaço de trabalho compartilhado (coworking), um estúdio de gravação de música, um bureau de design e impressão digital, um atelier de artes plásticas, uma estamparia de camisetas (silk, transfer e sublimação), horta orgânica, entre muitos outros.
“Tudo isso irá proporcionar a aprendizagem criativa em um ambiente pensado, estimulando também a economia criativa, os dois principais pilares do Tâmusaê”, complementa Carballo. O Lab4D terá também um portal repleto de cursos e conteúdo para os criativos.
O conceito de educação criativa é amplo. Ela ajuda na identificação e ativação do potencial individual, promove o auto conhecimento para vida com propósito e missão, além de estimular o sonho, arte e a criatividade. Também promove aprendizado prático para o trabalho e para vida em um ambiente multidisciplinar inclusivo e colaborativo.
O Lab 4D #Tâmusaê será um ambiente de convivência, trabalho e aprendizagem experimental projetado para criar condições e conexões que favoreçam a ativação criativa de pessoas, empresas, organizações, empreendimentos e negócios sociais que iniciam em iniciativas, projetos, programas, pesquisas, ações, eventos, processos, tecnologias, produtos e serviços que atendam necessidades sociais, gerando benefícios perenes e sustentáveis, que desenvolvam e fortaleçam a sociedade, o meio ambiente, a cultura e a nova economia.
Um dos principais envolvidos no Lab4D é Lucas Morais, um empreendedor santista de 21 anos e que já é sucesso em todo o País graças à criação de um game de educação financeira, o EduCity. Na escola, ele sentiu falta desse aprendizado, foi estudar sozinho em livros e sites. Frequentou alguns cursos, mas identificou um envolvimento abaixo do que considera aceitável para este tema. Por isso, criou um jogo. “Essa é a linguagem falada pela nova geração, a geração z, e a próxima que está nascendo agora, a geração Alpha. Se eu quero falar para eles, tem que ser de maneira atrativa. Não adianta colocar conteúdo num tablet. Jogos são a solução inovadora e assertiva. Eles divertem e inconscientemente ensinam também”, garante. Com a inovação, ganhou prêmios e trabalhou em parceria com bancos e governos, permitindo que o jogo fosse pulverizado de forma gratuita em escolas públicas.
Lucas acredita que, assim como ele, outros jovens talentos podem ser descobertos em Santos. E o laboratório seria uma oportunidade de aglutinar e identificar essas pessoas. “Por isso, me envolvo completamente nesse projeto que acredito muito e sei que poderá surpreender a todos nós.”, finaliza.