

Em meio ao primeiro surto de Febre Amarela em nosso País após mais de 70 anos, muitas dúvidas surgem. Assim como a preocupação, já que nem todos podem receber a vacina convencional e, entre os que podem, não se pode negar os possíveis efeitos colaterais.
O que a maioria da população não sabe é que a homeopatia e alguns cuidados simples podem ajudar – e muito! – no combate a essa epidemia.
Segundo a médica homeopata Selma Freire, o primeiro passo é colaborar com o sistema imunológico de crianças, idosos, gestantes e todas as pessoas que não devem ser vacinadas diante dessa possibilidade de surto urbano de Febre Amarela.
A especialista afirma que é fundamental incluir na alimentação itens como: alho, cebola, temperos naturais, vegetais (principalmente na cor verde escura), castanha do Pará, lichia, frutas cítricas, iogurte natural ou probiótico (kefir). Também é indicado reduzir o sal e industrializados.
Já está disponível em algumas farmácias homeopáticas da região a homeopatia isoterápica da Febre Amarela, feita a partir da vacina que está sendo distribuída nos postos de saúde da cidade, mas em doses diluídas, para que possa ser administrada em pessoas que não podem ou não querem se vacinar. “Medicamentos homeopáticos isoterápicos, feitos a partir da própria vacina, podem amenizar as manifestações do vírus mesmo atenuado em pessoas suscetíveis e sensíveis”, diz dra Selma.
“Os medicamentos homeopáticos ganham fama com sua utilização nas epidemias e se constituem em um recurso natural eficaz, além do controle do mosquito. A meta, na situação atual para o controle do ciclo silvestre é, além de eliminar os criadouros, colaborar com a melhoria do sistema imunológico por meio de uma alimentação adequada e utilização de medicamentos homeopáticos já utilizados com sucesso nas epidemias há muitos anos e em varios países”, conta dra Selma.
“No caso do isoterápico da vacina, ele pode ser administrado na potência CH30. O indicado é tomar 5 gotas uma vez por semana. Todos podem tomar. Não tem contraindicação”, garante a médica.
A eficácia não é a mesma da vacina mas, apesar de reduzida, estudos mostram que oferece um bom índice de proteção. Além disso, em caso de contaminação, a doença tende a ser mais branda. “É questão de risco-benefício. Ainda não estamos vivendo um surto urbano. Quem tem o sistema imunológico baixo, em vez de se expor à vacina, pode ter sucesso com essa alternativa”, relata. “Afinal, apesar da indicação da Organização Mundial da Saúde de vacinação em massa, sabemos que há a possibilidade do desenvolvimento da doença em pessoas com baixa imunidade”, complementa.
Segundo a médica homeopata, há ainda algumas homeopatias que ajudam a fortalecer o sistema imunológico e também melhorar a saúde geral. “São várias opções. Para saber qual indicar, é preciso conhecer bem cada paciente, afinal, a homeopatia é receitada individualmente, e não deve ser prescrita de forma generalizada”, explica.
A especialista reforça ainda a necessidade de haver um combate mais eficaz contra os criadouros do mosquito Aedes aegypti. E que não se pode esquecer de usar repelente todos os dias, com reaplicação a cada 4 horas.