

Quem deseja emagrecer deve ter uma alimentação funcional, para que o corpo trabalhe de forma equilibrada e consiga absorver melhor os nutrientes.
Comer de três em três horas, beber muita água, praticar exercícios e ingerir somente alimentos saudáveis. A receita para emagrecer pode muitas vezes parecer simples, mas não é. Há fatores importantes e que a maioria das pessoas desconhece. De nada adianta o esforço e a disciplina se o corpo não estiver equilibrado e o intestino não funcionar direito. Você pode comer alimentos saudáveis e eles não estarem sendo absorvidos corretamente. Para um tratamento completo é necessário uma alimentação funcional.
As duas regrinhas básicas para quem quer perder peso todo mundo conhece. Não deixar um intervalo maior que três horas entre as refeições é uma delas, já que ficar muito tempo de estômago vazio faz com que as taxas de glicose (açúcar) no sangue sofram picos quando você se alimenta. Isso significa que o organismo vai liberar de forma exagerada o hormônio da insulina, que promove o estoque de gordura principalmente na região abdominal. A segunda regra é beber muita água. A maior parte da composição do corpo humano é de água, portanto nós necessitamos desse componente para um bom funcionamento.
Além disso, comer alimentos saudáveis e ter refeições equilibradas é o pontapé inicial de toda dieta. O problema é que pouca gente sabe que nessa receita falta ainda um passo, e um dos mais importantes: regular o intestino. Por exemplo, a disbiose é a diminuição das bactérias boas e o aumento das bactérias ruins no organismo. Isso faz com que o organismo “não segure” os nutrientes. “Quem tem sobrepeso geralmente tem a flora intestinal desregulada (disbiose). Isso acontece, porque apesar de comer bastante, a pessoa não ingere os alimentos necessários para manter o bom funcionamento do intestino”, explica a nutricionista especialista em nutrição clínica Angélica Croccia. Estudos sugerem que a microbiota intestinal interfere na aquisição de nutrientes e regulação de energia. Grupos de pessoas obesas e magras podem apresentar diferenças no tipo de micro-organismos que fazem parte do intestino.
O que pode ajudar a resolver esse problema é a alimentação simbiótica, que é a composição mista de probióticos e prebióticos, os componentes que ganharam fama por ajudar o intestino a funcionar. Essa junção resulta em uma alimentação funcional. Chamamos de simbiótico a associação alimentar produzida industrialmente que combina os pré e probióticos. “Existem vários tipos de cepas, cada uma com determinada função. Tem para polarizar, para multiplicar, para melhorar a imunidade do seu corpo. Somente a alimentação funcional vai te proporcionar isso. É preciso avaliar cada caso e elaborar um cardápio específico e personalizado”, conclui a nutricionista.